domingo, 28 de outubro de 2012

Cosplays presentes na Gibicon


Por Natalia Bruckner


Qualquer evento de história em quadrinhos que se preze é marcado pela presença em peso de uma turma de admiradores HQ  empenhados em se vestir como seus heróis favoritos. Esta prática é chamada de cosplay, que vem do inglês “costume play” e significa “representação de personagem a caráter”. Os cosplayers, como são chamados os participantes desta prática, costumam aproveitar a realização de eventos culturais para exibirem seus trajes feitos com muito empenho, e investimento financeiro. A cosplay é meramente um hobbie, e um traje, feito à fiel imagem e semelhança da vestimenta de super heróis ou personagens de anime, geralmente é complexo de fazer e pode levar meses para ficar pronto.

Mas há também quem surja de cosplay a trabalho, como é o caso da dupla de palhaços “Alípio e Sarrafo”, que se trajavam como gângsteres durante o terceiro dia da Gibicon. Membros da trupe “Companhia dos Palhaços”, a dupla foi  responsável pelo o entretenimento dos participantes da 2º edição do GIBICON, e  pelo controle do sistema de som e avisos sonoros. De terno, gravata e muita maquiagem, Alípio e Sarrafo enfrentaram o sol escaldante e as altas temperaturas registradas no terceiro dia do evento. “Ontem nos vestimos de super–heróis e passamos frio, e hoje estamos de gângster, morrendo de calor, mas vale a pena”.

No transcorrer do evento, crianças direcionavam seus olhares curiosos para dois robôs que circulavam pelas dependências do Memorial de Curitiba, e paravam para tirar fotos com  eles, e tocá-los. Os robôs são Leandro Moreira e Everton Santana, vestidos como personagens da trilogia Star Wars. “Fizemos este cosplay de Stormy Troppers, os soldados de Darth Vader, das tropas imperiais”, esclarece Everton, citando os personagens do clássico da ficção científica no cinema. Leandro conta que começou a se fantasiar de personagens há quatro anos, após ter assistido aos filmes de Star Wars, dos quais é fá convicto. “Todos os meus amigos tinham assistido Star Wars, exceto eu. Um dia assisti com minha mãe e me tornei fã. E já tenho mais três fantasias prontas” explica. Perguntados sobre a receptividade das demais pessoas do evento em relação aos adeptos do cosplay, a dupla afirma que a roupa pode torná-los alvo tanto de admiração, como de reprovação: “o pessoal acha o máximo, mas tem gente que não curte”.

Também havia cosplayers ilustres no Gibicon, que deram entrevistas e autógrafos. Jackeline dos Santos foi prestigiada no evento, atendendo pela alcunha de Vampira Lésbica, uma personificação da protagonista da história em quadrinhos homônima, cuja a primeira edição foi lançada em um dos estandes dispostos no evento. A história é criação de José Padilha, com a arte de Isabelle Linhares, e foi inspirada nos famosos contos de Drácula. “Esse projeto estava engavetado há algum tempo, e precisávamos que alguém que personificasse a Vampira Lésbica, até conhecermos a Jackeline. Um metro e oitenta de mulher, eu vi e falei -  É nossa vampira!”, conta Padilha.

Um dos cosplays mais famosos do evento fez uma alusão a Gralha Azul, um símbolo da cultura curitibana. “O Gralha” é o protagonista da história em quadrinhos criada há 15 anos, durante a comemoração nos 30 anos da Gibiteca de Curitiba, e que foi desenhada por vários artistas. O personagem já participou de dois filmes de curta metragem, e já desfilou na escola curitibana de samba “Mocidade Azul” no Carnaval deste ano. Segundo o caricaturista Natanael Souza, a fantasia do “Gralha” continua em seu formato original, e apenas a capa e a máscara foram refeitos. Você pode conferir o blog do Gralha e suas histórias no blog do personagem.

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